MÃE, RAINHA DO LAR OU SIMPLESMENTE O DESEJO DE SER MULHER!

O chamado dia das mães é uma data onde se homenageia a figura da mãe e a maternidade. A comemoração deste dia está ligada aos rituais de adoração a deusa Rhea na antiga Grécia e Kybele no império romano. Rhea era conhecida como a deusa da fertilidade e da maternidade. Ela é mulher de Cronos e mãe de Zeus, Hades, Poseidon e Demeter. Já Kybele era adorada na Antigüidade como a mãe-terra. Os gregos e os romanos faziam ofertas, oferecendo presentes, além de prestarem homenagens as deusas. Estas homenagens chegavam a durar 3 dias.

A idéia de ter um dia para festejar as mães surgiu em 1907 através da ativista Anna Jarvis que com a data queria homenagear o falecimento da sua própria mãe. Na época do Nazismo a festa pelo dia das mães passou a ser associada a teoria “da superioridade da raça germanica”. Especialmente mulheres que geravam muitos filhos, eram celebradas pelos nazistas como heroinas.

Na antiga Alemanha oriental, o dia das mães não era comemorado mas sim, o 08 de Março, dia internacional da Mulher. No Brasil a data foi oficializada em 1932 durante o governo de Getúlio Vargas. É importante no entanto, lembrar que a figura da mãe, é a figura da mulher. E que apesar de todos os avanços tecnológicos, todos os avanços sociais e todas as conquistas em relação aos direitos humanos já atingidas, a mulher ainda está longe de receber o devido respeito na sociedade e nem atingiu ainda uma posição marcante no ambiente profissional.

Não será hipocrisia ou no minimo incoerência, festejar o dia das mães e ao mesmo tempo ser um dos países com o maior número de feminicidios do mundo? Assédio e violência contra sua dignidade, contra os seus direitos, contra a sua liberdade e contra sua vida são temas que fazem parte da vida cotidiana das mulheres no Brasil e no mundo. É preciso combater o machismo estrutural, enraizado na sociedade brasileira e todas as suas consequencias. Este, só pode ser vencido e extirpado da sociedade através da Educação, da Cultura, com politicas públicas que levem a sociedade a pensar e construir uma consciencia antimachista, antipatriarcal e libertária.

Um abraço fraterno!

Professora Namir Martins


Aqui para a versão em alemão.


Namir Martins é membra da Fibra e do Coletivo Democracia Resiste! (antigo Desmascarando o Bolsonaro já!), na Alemanha.

Nota: Os textos, citações, e opiniões são fornecidos pela autora, sendo de sua exclusiva responsabilidade, e podem não expressar – no todo ou em parte, a opinião dos Coletivos da Fibra.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Translate »