Mensagem de Fim de Ano.

De 4 anos longos demais

De Flávio Carvalho, para o site da FIBRA.

Barcelona, 31 de dezembro de 2022.
@1flaviocarvalho, @quixotemacunaima, sociólogo e escritor.

“Vem, vamos embora…” (G. Vandré).

Se em Pernambuco montou-se uma rifa solidária, em Vitória criou-se um blog e nas margens do rio Araguaia organizaram-se atos, todos estes na campanha eleitoral passada.
O território nacional brasileiro hoje é mais. Muito mais. Transcende nossas fronteiras.

Inclui a transmissão de uma Live promovida dentro de uma cafeteria no Canadá, um megafone denunciando o racismo na frente de um Carrefour em Paris, a fotografia de uma família inteira num ato público no Líbano, uma mensagem em vídeo da prefeita de Barcelona, uma viagem assumida com recursos próprios desde Amsterdam até a sede do Parlamento Europeu, e uma estudante de comunicação social publicando um texto feminista em redes sociais na Costa Rica.

Exemplos anônimos. Imensamente significativos.

Atividades promovidas pelas comunidades de pessoas brasileiras emigradas, no exterior, não foram somente um grão de areia nesta dramática campanha eleitoral. Fazem parte de um bloco de concreto, erguido em cimento de sonhos, rumo a mais importante subida de rampa do Palácio do Planalto neste novo milênio. Utopia é a força promotora mais importante dos avanços de justiça social.

Vencemos!

Aquela rampa é nossa. Será subida em Berlim, em Buenos Aires, em Tóquio e em cada cidade onde houver uma pessoa brasileira, com uma chama antifascista acesa no peito.

Importantes reconhecimentos teremos sobre o nosso papel, como FIBRA – Frente Internacional Brasileira pela Democracia e contra o Golpe, lutadoras em conjunto, como o bloco mencionado, desde o ano 2016. Mas não os esperemos, os tais merecidos reconhecimentos. Há que fazer-se mais. Quem sabe faz a hora. Fazer o bem sem olhar a quem. Por dignidade e sincero sentido de Justiça Social. Não somente por interesse de uma luta específica, por mais legítima que seja.

O Presidente Lula já sabe que existimos. E sabe também que resistimos. Nós somos o Brasil, dentro de nós. E é preciso aumentar a nossa voz.

Aqui no exterior estamos menos longe do que muita gente pensa.

Quando tudo parece encaminhado, e principalmente bem encaminhado, como no nosso caso, a história nos recorda a importância da luta constante, do avanço processual, do verdadeiro conceito de revolução permanente que inaugurou-se em Cuba no final dos anos sessenta. Está vivíssimo, agora que passamos de primeiro falar de extrema direita, logo passamos a admitir que estávamos lidando com verdadeiros fascistas, e agora estamos impressionados com o recrudescimento do velho e desenterrado nazismo brasileiro, ou à brasileira como visto nos últimos 4 anos.

Os terroristas bolsonaristas – fascistas violentamente golpistas e fanáticos racistas podem parecer poucos, mas já sabemos a máscara caída de milhões de brasileiros cordiais e falsos cidadãos de bem. Sorrateiros, estarão nas esquinas, ou quarteis esperando nosso menor vacilo. Não o terão!

Antecipemo-nos a eles neste ano absolutamente novo.

Nos encontrarão de frente, nos cinco continentes. Fortalecidos e armados de alegria e esperança.

E, no que depender de nós, da militância internacional, não passarão.

Feliz 2023!
Muito axé. Muito amor. Muita fé.
E muita FIBRA pra vocês.


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#maconaima #quixotemacunaima

Nota: Os textos, citações, e opiniões são fornecidos pelo autor, sendo de sua exclusiva responsabilidade, e podem não expressar – no todo ou em parte, a opinião dos Coletivos da Fibra.

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