Texto de Dai Sombra Aisha, para o site da FIBRA
@daisombraaisha
Barcelona, 13 de março de 2022
8 de março. O dia da reivindicação dos direitos das “mulheres no mundo”.
Uma data que nasce em consequência de um trágico episódio na história e que simboliza uma trajetória de luta pela igualdade de direitos da mulher.
Quando trago essa síntese da data para um espaço mais amplo da minha reflexão, é inevitável não vir as perguntas:
Quais mulheres?
De qual mundo?
Não vou aqui entrar no assunto que todas já sabemos sobre os aspectos desta lutas, as sufragistas e a segregação de mulheres afros e racializades que se deu.
Já sabemos, né?!
E não é que eu esteja em contra dos feminismos, pois integro o feminino no mundo e me reconheço nele, mas me considero consciente de Direitos e maneira de organização social pré-colonial onde as mulheres e o gênero ainda não tinham sido inventadas.
Para ampliar essa discussão, recomendo o livro: A Invenção das Mulheres, da autora nigeriana Oyèrónké Oyėwùmí.
A questão que eu proponho expor aqui é: voltaremos às ruas em 25 de julho?
Tomaremos esse mês para debater, refletir e sobretudo, ouvir as mulheres negras latinoamericanas e caribeñas ( sem a vírgula depois do negras- já fiz um texto expondo meu ponto de vista sobre essa tal vírgula)?
Vamos nos organizar todas com pancartas, artivismo e fazer aquele barulho mediático para chamar a atenção das situações desses corpes femenines?
Cuidado, não estou propondo escolher uma data ou outra. Antagonismo é uma característica da colonialidade.
Muitas das filosofias africanas e pindorâmicas vivem com o “e”, em posição do “ou”.
Se você interpretar minha escrita como uma imposição de decisões de pólos, sua subjetividade ainda está no modo operante colonial.
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Nota: Os textos, citações, e opiniões são fornecidos pela autora, sendo de sua exclusiva responsabilidade, e podem não expressar – no todo ou em parte, a opinião dos Coletivos da Fibra.