Flávio Carvalho, para o site da Fibra
@1flaviocarvalho, @quixotemacunaima, Sociólogo e Escritor.
Barcelona, 13 de fevereiro de 2022.
“Seu sonho é sua vida. E a vida é o trabalho”.
(Gonzaguinha).
Marcio Pochmann – atual Presidente do Instituto Lula, junto com Ana Elisabete Mota e Ricardo Antunes, foram os três autores que eu mais me dediquei a ler, quando escrevi minha dissertação de Mestrado de Ciência Política. Depois de ser dirigente sindical e educador de formação sindical na CUT, ajudaram-me significativamente na compreensão do que estava acontecendo com o mundo do trabalho que eu estudava e vivia, na virada do milênio. Ainda hoje são referências importantíssimas para todo o Brasil. Faz tempo que os sigo. E os recomendo.
Às vezes é preciso viver, pra depois refletir a vivência. Se for ao mesmo tempo, melhor dizer pelo seu nome: práxis. Ou coerência. Paulo Freire tratava disso como ninguém. Se o trabalho é vida, sindicalismo é utopia. Sonho possível que não deixa de estar com a gente. E nos move. Em frente, como diz Marcio Pochmann.
“Não existe reforma se for pra pior. Será então melhor chamar de Deforma”, afirmou.
O mundo do trabalho muda em ritmo vertiginoso. Algumas ideias, porém, permanecem e se consolidam com o tempo. A centralidade do trabalho, na filosofia política, é fundamental.
Mal sabia eu que, anos depois, realizaríamos – na Fibra – uma verdadeira aula aberta, online, virtual, sobre a atual conjuntura política brasileira. As atuais relações de trabalho implicam diretamente na forma de contratação, no aumento da precariedade e – me interessa muito – nas formas de resposta, resistência, proposta e organização do movimento sindical a cada uma delas. Aspectos bem comentados hoje, por Pochmann.
Estamos assistindo de perto, aqui na Espanha, com o governo do Partido Socialista Operário Espanhol, o PSOE. E com a reforma trabalhista aprovada, não sem polêmica, desgaste e confusão. Em breve, esse turbilhão vai engolir o Brasil. As conjunturas são bem diferentes. Mas o diálogo solidário já começou. E a Fibra, com isso, se posiciona e já colabora.
Como começar a compreender o que pode nos vir por aí?
Tudo isso pra dizer, assim mesmo, em primeira pessoa, sobre os principais assuntos nessa entrevista exclusiva realizada no programa especial Vozes de Fibra, deste domingo, 13 de fevereiro. Que pode ser assistida aqui no canal da Fibra. E, se gostar, compartilhe.
Um bom programa, com a colaboração de uma militância ativa, com perguntas e preocupações comentadas pelo professor Marcio. Por meio de vídeos a ele dirigidos, participaram da Live:
- Chico Oliveira e Maria Dantas, que realizaram, recentemente, um programa Vozes de Fibra sobre a Reforma Trabalhista na Espanha e no Brasil (um programa que também pode ser assistido aqui, no canal da Fibra);
- As companheiras Namir Martins, de Kassel na Alemanha e Inêz Oludé, de Bruxelas na Bélgica, além do companheiro Edgar, de Estocolmo;
- Na produção do programa, e formulando perguntas igualmente importantes, estavam Flavia Costa (moderação), do coletivo ALMA, em Palma de Mallorca e, Márcia Nunes e Ana Isa van Dijk, ambas do Coletivo Amsterdam pela Democracia, na Holanda.
O que está acontecendo com a nossa soberania?
O que significa este novo conceito, a tal “CLT da Era Digital”?
O entrevistado dividiu conosco como viveu “na pele”, os piores e os melhores momentos de campanha, em suas candidaturas pelo Partido dos Trabalhadores.
À frente do Instituto que leva o nome de quem poderia ser hoje mesmo, novamente, o Presidente do Brasil (se as eleições fossem hoje…!), Marcio Pochmann não se omite em responder perguntas sobre militarização, o Acordo União Europeia-Mercosul, e nos traz dados – didático, o professor!, de quem já foi presidente de um dos mais importantes institutos de pesquisa da América Latina, o IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas).
E agora?
Agora, nos falta entrevistar também o Lula. E o melhor é que ele já sabe.
Programa Vozes de Fibra Especial com Marcio Pochmann: assista, divulgue, comente e compartilhe.
Aquele abraço.
Flávio Carvalho
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Nota: Os textos, citações, e opiniões são fornecidos pelo autor, sendo de sua exclusiva responsabilidade, e podem não expressar – no todo ou em parte, a opinião dos Coletivos da Fibra.